27/05/2022 – O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) promoveu, na quinta (26), a live “Manejo do Pastejo: importância das metas de manejo em campo”.
O encontro foi moderado pelo assessor técnico do Senar, Gabriel Sakita. Também participaram o professor titular da Esalq/USP na área de Plantas Forrageiras e Pastagens, Sila Carneiro da Silva, e o supervisor de pastagens na Nutripura, Guilherme Portes Silva.
Segundo Sakita, o tema é de extrema importância para a cadeia de ruminantes – especialmente a pecuária de corte e de leite –, que tem o seu sistema de produção baseado no uso de pastagens. Em torno de 85% do rebanho bovino abatido no Brasil utiliza o pasto como principal fonte de nutrientes na alimentação.
Conforme o assessor técnico do Senar, o Brasil possui, aproximadamente, 165 milhões de hectares de pastagens e vem investindo em reformas e manejo correto para reverter um dos maiores desafios para melhorar a produtividade das áreas: o índice elevado de pastos degradados.
“Um dos gargalos que ainda observamos é o manejo incorreto. Isso contribui para uma degradação mais acelerada dos pastos, menor produtividade e, consequentemente, menor rentabilidade. O manejo feito de forma correta é fundamental para uma maior sustentabilidade do sistema”, afirmou.
Sila Carneiro da Silva abordou o conceito de produtividade na pecuária de corte e como a forragem interfere na relação entre taxa de lotação e produção por animal. O professor também falou sobre a importância do controle das metas de altura dos pastos para sistemas mais eficientes, produtivos e sustentáveis e os desafios para a sua implementação.
O supervisor de pastagens na Nutripura analisou as razões que impedem a intensificação das pastagens no Brasil e os pontos necessários para conduzir um sistema de produção em pastagem, além de questões como o ajuste de lotação com o uso de suplementação e o comportamento das alturas de entrada e saída.
Guilherme Portes Silva destacou, ainda, as principais características de um bom manejador de pasto. De acordo com ele, as metas pós-pastejo devem ser atendidas e as pré-pastejo são prioridades. Ainda segundo Silva, as alturas de todos os piquetes precisam ser calculadas toda semana, o excedente deve ser identificado precocemente e os dados precisam ser usados para orientar as decisões.