O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) promoveu, na quinta (21), a live “Terminação Intensiva a Pasto: o que o produtor precisa saber para ter sucesso nessa técnica?”.
O encontro foi moderado pelo assessor técnico do Senar, Gabriel Sakita, e contou com a participação do pesquisador Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV) Unesp Jaboticabal/ Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) Colina, Iorrano Andrade Cidrini, e do gestor técnico de Bovinos de Corte na Agroceres Multimix, Matheus Moretti.
Segundo Gabriel, a Terminação Intensiva a Pasto (TIP) é uma técnica relativamente nova, mas que ganhou muito espaço nos sistemas de terminação de bovinos a pasto. “A TIP possui fácil implantação, custo mais barato e apresenta excelentes resultados, aumentando o giro do produtor”, afirmou.
Durante a live foram debatidos conceitos e recomendações de campo. Os participantes também analisaram pontos como infraestrutura, categoria animal, dieta, adaptação, dias de cocho, ajustes de consumo, rotinas de trato e manejo e custos, entre outros.
Cidrini explicou como funciona a TIP, as vantagens e condições para fazer a técnica. O pesquisador da FCAV abordou como deve ser realizado o aparte dos animais, a adaptação e o que esperar na TIP: ganho de peso (1,2 kg a 1,3 kg/dia), ganho em carcaça (0,9 a 1,1 kg/dia), rendimento de ganho (70 a 75%) e período de terminação (90 a 120 dias).
Para Matheus, a TIP é uma evolução do semiconfinamento. O gestor técnico destacou a importância de diferenciar o período das águas e da seca para definir o concentrado fornecido que, na média, deve ficar entre 1,5 a 2% do peso vivo dos animais. Na opinião dele, se a técnica for bem aplicada e trabalhada, os ganhos conquistados em termos de produção em carcaça são muito próximos aos do confinamento.