Cerca de um milhão de mulheres estão à frente da administração de propriedades rurais no Brasil, de acordo com dados do IBGE. Em um total de 5,07 milhões de propriedades, 947 mil delas têm mulheres como gestoras.
A região Nordeste lidera com a maioria das mulheres dirigindo propriedades rurais, representando 57% do total, seguida pelo Sudeste com 14%, Norte com 12%, Sul com 11%, e o Centro-Oeste, que possui apenas 6% do conjunto de mulheres que atuam como gestoras.
Essas informações resultaram de uma colaboração entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Embrapa e o IBGE, no âmbito de um Termo de Compromisso assinado entre essas três instituições por meio do Programa Agro Mais Mulher.
Dos 5,07 milhões de estabelecimentos rurais registrados no Censo Agropecuário mais recente, as mulheres são proprietárias de apenas 19%, enquanto os homens detêm 81%. Além disso, existe uma discrepância nas atividades econômicas realizadas entre mulheres proprietárias e aquelas que não possuem propriedades.
Entre as mulheres proprietárias, a distribuição das atividades econômicas é a seguinte: 50% estão envolvidas na pecuária e criação de outros animais, 32% na produção de lavouras temporárias e 11% na produção de lavouras permanentes.
Já entre as mulheres não proprietárias, que incluem produtoras sem área própria, concessionárias, assentadas aguardando titulação definitiva, ocupantes, comandatárias, parceiras ou arrendatárias, a distribuição é diferente: 42% estão ligadas à produção de lavouras temporárias, 39% à pecuária e criação de outros animais, e 7% à produção de lavouras permanentes.
As demais se encontram distribuídas entre produção florestal (florestas nativas e florestas plantadas), horticultura e floricultura, aquicultura, pesca e produção de sementes e mudas certificadas.
Os estudos revelaram, ainda, que apenas 9,6% das mulheres buscam informações técnicas por meio de reuniões técnicas ou seminários, enquanto entre os homens, a taxa é de 14,3%. Quanto à participação em atividades associativas, como cooperativas, apenas 5,3% são membros, enquanto 12,8% dos homens fazem parte de alguma forma de associação.
Fonte: Com informações do site Canal Rural