Participante do curso de Avicultura do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Rio de Janeiro (SENAR Rio), Laudelina Barreto, do município de Italva (Noroeste Fluminense), investiu todo o conhecimento adquirido no curso na propriedade dos pais, Sebastião Correa e Edna Maria Correa, localizada em Ponte de Tábua, zona rural de Italva.
Sebastião já possuía 25 galinhas caipiras rústicas na propriedade e as vendia para amigos e familiares. Laudelina mora na cidade, mas enxergou a oportunidade de sociedade com os pais, comprou mais 25 galinhas e traçou como objetivo a criação de frangos de granja e de galinhas de corte.
“A expectativa de aumento da renda familiar aumentou junto com a vontade de empreender. Reunimos a família e decidimos ampliar a produção. Por ser uma cidade pequena, onde todo mundo se conhece, tivemos a facilidade de venda. Então eu e minha cunhada fizemos o curso do SENAR, indicado pelo ITERJ e pela Associação de Lavradores da Fazenda Experimental de Italva. Daí surgiu um novo sonho: criar as galinhas em uma granja, para a produção de ovos caipiras”.
Laudelina, os pais, o irmão e a cunhada, começaram juntos a construir o projeto. Após a recusa de bancos para empréstimos e investimentos na propriedade, fizeram algumas economias e reuniram os recursos próprios para construir a tão desejada granja. Compraram os materiais, construíram o galpão e aumentaram o número de aves. Atualmente, a família possui 513 galinhas, e dessas, 150 estão em produção.
“Hoje temos a produção de 150 galinhas, em média são 12 dúzias de ovos por dia. As outras ainda estão novas, mas a expectativa é de que em duas semanas alcançaremos o pico de produção”, calcula Laudelina, que também falou sobre o grande aumento da demanda:
“Tivemos dias em que recebemos até 40 pedidos e não conseguimos atender. E isso tudo graças ao curso, que foi de extrema importância para aprendermos a manejar as aves e cuidar da propriedade, que é toda orgânica”.
Mesmo após o fim do curso, Laudelina manteve contato com o instrutor Renato Queiroz, do SENAR Rio, que é zootecnista e deu todo suporte, além de um grande parceiro no projeto.
“O Renato nos ajudou muito. Alcançamos todos os objetivos iniciais, mas agora nossa meta é crescer. Temos a possibilidade de ampliar o espaço, tendo 2 galpões, o que nos dá o aumento da capacidade para mais de 2 mil aves”.
Laudelina ainda conta que fez a sociedade com Sebastião por ser o dono da propriedade, mas que toda a mão de obra foi feita pela família, e alerta para o grande índice de desemprego na cidade:
“O desemprego aqui é muito grande, mas a nossa criação possibilitou empregar todos da família”.
A produção conta com variadas raças, coloração das cascas e muita qualidade. Os clientes ligam diariamente para realizar pedidos e estão sempre elogiando a qualidade do serviço e do produto.
“Nossos clientes ligam pedindo, encomendando. O índice de rejeição é muito baixo. Todos estão muito satisfeitos com o nosso trabalho. A propriedade é toda orgânica, não usamos nada de agrotóxico e tudo isso aprendemos no curso do SENAR”.
Laudelina ainda agradece a todos que ajudaram a realizar o sonho:
“Não posso esquecer de agradecer a Deus, minha família, meus amigos, José Augusto, Ana Paula, ao instrutor Renato, a professora Elisandra e a EMATER. Todos foram e são essenciais na construção e realização desse sonho”.
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